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PARASHAT TETSAVÊ

B”H 

Parashat Tetsavê (Shemot 27:20-30:10) 

Em nossa Parasha desta semana, é ordenado aos Benei Yisrael trazerem azeite de oliva para Ner Tamid (Lâmpada contínua) da Menorá para que os cohanim (sacerdotes) pudessem conservar, em ordem, por estatuto perpétuo nas gerações.

 

HaShem elege Aaron e os filhos para o sacerdócio no avodá (serviço) do Mishcan. Também, HaShem indica as mitsvot para a fabricação dos Bigdei Kehuná (vestimentas dos Cohanim) e do Cohem Gadol (Sumo Sacerdote), além dos ornamentos extremamente belos e imbuídos de significados profundos. “Estes são os vestidos que farão: peitoral, efod, manto, túnica com cavidades, tiara e cinto, e farão vestidos de santidade para Aaron teu irmão, e para seus filhos, para servir-Me;” (Shemot 28:4).

O Texto Sagrado relaciona as pedras do efod com os nomes das doze tribos de Benei Yisrael: quatro níveis de altura de três unidades, da esquerda para a direita:

Rubi (Ruben), Topázio (Shimon) e Esmeralda (Levi);

Carbúnculo (Yehudá), Safira (Yisachar) e Diamante (Zebulun);

Opala (Dan), Ágata (Naftali) e Ametista (Gad);

Crisólita (Asher), Ônix (Yosef) e Jaspe (Beniamin).

A Parasha prossegue com leis de sacrifícios sobre a ordenação e santificação dos Cohanim e consagração do Mishcan, bem como normas para suas oblações e sacrifícios oferecidos diariamente. HaShem ordena a construção do Mizbach Hazahav (Altar de Ouro) para a queima de incenso, assim como, são determinas todas as leis litúrgicas relativas a ele.

 

O Mishcan, como vimos na Parasha anterior, representa metaforicamente a habitação de HaShem ou a Sua excelsa presença na esfera material, a qual na Aliança Plena em Yeshua. Implica no próprio corpo do homem e mulher que pertence a esta Aliança, não somente a Menorá, mas também as Bigdei Kehuná, e todos os detalhes do Mishcan remetem a significados que poderemos distinguir a luz das Escrituras e são carregados de significados com a última revelação no Mashiach. A saber disso, fica a pergunta: Quais são as implicações destes aspectos tão importantes do Templo, em especial da Menorá, que podemos identificar em nossa realidade de Aliança com o Eterno em Yeshua HaMashiach

O que a Parasha nos ensina hoje? 

O azeite de oliva puro, que o HaShem ordena aos Benei Yisrael para ser doado ao Mishcan, é o produto espremido da primeira pressão das olivas. Este representa a melhor qualidade do produto, cujo óleo não produz fumaça, sendo assim o mais puro, gera a luz mais brilhante e de maior duração. A luz da Menorá é distinta das outras, segundo nossa tradição, a sua radiação era mais intensa e facilmente reconhecida como algo de procedência Divina. Isso implica que devemos, então, deixar que as nossas obras sejam conforme nos recomenda a Torah, para HaShem ser glorificado e identificado no meio de Seu Povo, como kidush HaShem (santificação d'O Nome) no meio ao mundo.

 

As próximas prensas da oliveira serviam para outros fins, como alimentação e iluminação, mas para ascender a Menorá poderia ser somente o Azeite Kasher (apropriado) da melhor qualidade. O primeiro óleo separado é ofertado ao Templo como primícias. Além de ser o primeiro, deve também ser o mais excelente ao Eterno. Assim também devemos separar o primeiro e o melhor de nossas vidas ao Kadosh Baruch Hu. A tradição judaica relata que a luz da Menorá emitia uma luminosidade extraordinária, diferente de tudo que se poderia ver em outro local, e ela se fazia presente tanto no Mishcan, quanto no futuro Beit HaMikdash.

 

O óleo Kasher para a iluminação era o mesmo para a unção (Shemot 35:28) e este está relacionado com a manifestação do Ruach HaKodesh ( Espírito Santo). Quando Shmuel HaNavi (Samuel, o Profeta) ungiu David como Melech Yisrael (Rei de Israel), o Ruach Elohim se apoderou dele naquele momento para fazer proezas entre os Benei Yisrael. (cf. 1Sm 16:13). Também podemos identificar a Menorá como símbolo do próprio Ruach Elohim: “E do Trono (de HaShem) saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do Trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os Sete Espíritos de D’us;” (Ap 4:5).


Os cohanim ascendiam a Menorá, diariamente, no final da tarde de cada dia e na manhã seguinte, eles limpavam o recipiente, colocavam um novo pavio e derramavam o azeite novo nos braços da Menorá que ficava dentro do Tabernáculo, no local Kodesh (santo) onde somente os cohanim poderiam entrar. Nas manhãs, quando adentravam para a limpeza das haste, todas as chamas da Menorá já tinham se apagado, com exceção da lâmpada do meio chamada, “Ner Maaravi” que continuava acesa até a tarde, ou seja, até o horário de acender as outras. Assim, com a chama central poderiam ascender as seis demais e logo, após, a Ner Maaravi era apagad para limpar o recipiente e acendê-lo.

 

 A chama do braço central milagrosamente persistia até o horário de ascender as demais, perpetuando o fogo dia a dia, o qual iniciou na inauguração do Mishcan. Da mesma forma, esta chama contínua, em nosso interior, não pode ser apagada, desde quando recebemos o Mashiach e a Aliança.  Devemos nos deixar iluminar em todos os nossos aspectos e caminhos, pois o Ruach nos revela e direciona para a vontade Divina, ou seja, “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que D’us preparou para os que o amam. Mas D’us no-las revelou pelo seu Ruach; porque o Ruach penetra todas as coisas, ainda as profundezas do Eterno;” (1 Co 2:9-10) e  “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos tsadikim;" (Efésios 1:18). Esta chama  era uma fagulha do fogo que caiu do céu na inauguração do Mishcan. (cf. Lv 9:24) e ardia as vinte e quatro horas do dia. Este era um dos diversos milagres que ocorriam, diariamente, no Mishcan e que mostrava a todos a presença Divina no meio de Am Yisrael. Com isso, o Eterno atuava de forma sobrenatural e contribuía para que as chamas perpetuassem.

 

Toda a mitsvá que o homem cumpre, de uma forma ou de outra, HaShem contribui para que seja efetivado a mitsvá. Assim, HaShem nos dá a possibilidade de conhecer para poder temer, de receber para poder agir, de ter para poder ofertar, de ganhar para poder repartir, de sentir para poder entender.


Alguns outros milagres também eram vistos no Mishcan e depois no Beit HaMikdash, como a ausência de qualquer inseto no Templo e sobre o altar ou no sangue que escorria dos locais da capará. Outro sinal consistia em um cordão tinto de vermelho que no dia de Yom Kipur, após o seu término, miraculosamente, tornava-se alvo indicando o perdão dos pecados, como também uma coluna de fumaça quadrangular que subia do altar do sacrifício até o céu sem que sua forma fosse desfeita mesmo com a ação dos ventos, dentre outros sinais.

Do mesmo modo, como outros milagres presenciados no Templo atestavam a presença e a revelação Divina no meio do povo devemos, também, ter fé e deixar que o Ruach HaKodesh opere poderosamente em nosso meio. O óleo da Menorá simboliza a santidade, pois não se mistura e se mantém unido. A queima deste óleo não produz fumaça ou cheiro desagradável, mas é adequada para executar com excelência a sua função primordial, emitir a luz de D’us. “[...] Pois já os meus olhos viram a tua salvação (Yeshua), a qual Tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel" (Lc 2:30-32).

 

Por fim, cada ser humano tem um propósito e missão específica na esfera material, no entanto existe um propósito universal, o Tikum Olam, ou seja, a busca na Torah que indica o Mashiach para a restauração da santidade no homem e para este mundo. Preparando e retificando o caminho para a habitação Divina, onde somente irá ocorrer de forma plena, com o Reino de D’us na terra, no retorno de Yeshua HaMashiach que estabelecê-lo-a no devido tempo e assim, “quando, porém vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra;” (Lc 18:8)? "[...] Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Ruach, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8:22-23).

 


Baruch haba beshem Adonai Yeshua HaMashiach (Bendito aquele que vem em nome do Senhor, Yeshua O Messias)!!!

Que venha em breve em nossos dias, Yeshua Goaleinu (Nosso Redentor)! Amém!

Rosh Yossef Chaim (Maurício) – B'rit Olam. 

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