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PARASHAT REÊ

B”H 

Parashat Reê (Devarim 11:26-16:17)

 

A Parashat Reê relata o livre arbítrio que HaShem disponibiliza à humanidade, recomenda e indica o caminho do bem para alcançar o êxito e as brachot.

Discorre, também, sobre as proibições das práticas abomináveis dos gentios, que estavam sendo expulsos da terra de Canaã, sobre os falsos profetas, sobre o julgamento e destruição de uma possível cidade de Israel que venha se tornar idolatra e que se recusar em fazer teshuvá. Contudo, assevera sobre a destruição sem demora de todo tipo de avodá zará (idolatria) que restar na terra, nas montanhas, debaixo de árvores frondosas, nos templos e matsevot (altares de pedra).

Segue sobre alimentação kasher (apta para consumo) e a proibição de ingestão de sangue, bem como dos ritos de sacrifícios em Erets, sendo que somente no Mishcan ou Templo seria permitido oferecimento de corbanot ao Eterno.

Segue sobre alimentação kasher (apta para consumo) e a proibição de ingestão de sangue, bem como dos ritos de sacrifícios em Erets, sendo que omente no Mishcan ou Templo seria permitido oferecimento de corbanot ao Eterno.

eu) a restauração no quinquagésimo ano e algumas mitsvot relacionadas às celebrações das principais festas: Pessach, Shavuot e Sucot.

O que a Parasha nos ensina hoje? 

  

A Parashat Reê que significa “Veja”, inicia com a indicação da liberdade de opção que HaShem disponibiliza ao ser humano em escolher o bem ou o mal, que pelas consequências tornar-se-ão em bênçãos ou em maldições. “Reê anochi noten lifneichem haiom bracha ukelala” (Veja que ponho diante de vós, hoje, a benção e a maldição) (Devarim 30:19). Segundo a justiça, as Brachot seriam consequências da obediência à Torah e a maldição, o efeito e resultado pela desobediência e rebeldia, quando o homem se desvia dos caminhos e vontade de HaShem. “Veja” requer atenção, cuidado, dedicação e a Torah assim nos alerta: “Não deixe isso passar despercebido!” .

O livre arbítrio é uma das dádivas mais preciosas ao ser humano. Libera o homem em viver sua liberdade e fazer sua própria opção de vida. HaShem disponibiliza a vida e não impede que o ser humano tenha liberdade de escolha, no entanto, como um Pai zeloso e amoroso, Ele indica e instrui o caminho da vida, da excelência e do melhor para seus filhos. "Portanto guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do Eterno vosso D’us;" (Devarim 12:28). Desta forma D’us não criou uma maquina programada, mas concede a vida ao homem, com capacidade de criar sistemas que tenham sua própria autonomia e competência para gerir sua própria vida e ser apto para tomar suas próprias decisões onde irá arcar com suas consequências, sejam benéficas ou não. “Ver” implica em compreender não só o aspecto da escolha mas o que Iestá mostrado, o caminho correto para a vida, bem como acreditar e ter consciência de que esta bem aventurança procede de D’us. “Ver” também consiste em considerar sobre as consequências desastrosas da desobediência, como também as recompensas que o cumprimento das proporcionam, para que através delas o homem possa ter uma vida plena e abundante e servir melhor ao Eterno.

 

Yeshua fala sobre estes dois caminhos, da obediência e da rebeldia e suas consequências "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância;" (Yochanan 10:9,10). Estes são como dois caminhos alegóricos que se localizam no meio exterior, ao longo de toda a extensão da vida humana, onde obrigatoriamente se escolhe uma opção em detrimento da outra em meio a constante luta interior, na submissão do ser à vontade Divina. Muitas destas opções que surgem diariamente em nossas vidas são de fácil escolha, ou seja, podemos prever suas consequências benéficas ou maléficas com muita clareza e evidência, sem haver uma tensão, um conflito interno, pois trata-se de uma escolha que condiz com o nosso caráter ou com nossa visão de mundo como por exemplo a escolha entre roubar ou não roubar. Contudo algumas escolhas não são tão simples assim e exigem certo discernimento espiritual para saber qual é o caminho certo a seguir a fim de estar de acordo com a justiça de D’us. Isto portanto requer o conhecimento das Escrituras como também um relacionamento mais íntimo com o Eterno com o exercício das disciplinas espirituais que consta na santidade, na adoração e tefilá (oração), no estudo da Torah e comunhão constante com o povo de D’us.

O Talmud sugere que nenhum mal é emitido de cima, dos céus, (Bereshit Rabá 51:3) mas somente as brachot são proferidas do shamaim e recaem sobre um receptáculo apropriado, segundo os propósitos Divinos. Assim o seu oposto, ou seja, as consequências do mal, tomam o lugar que se encontra vago pela ausência das brachot. Portanto a kelala (maldição) é consequência e não plano ou intenção Divina que recai sobre o homem. Portanto o ser humano não pode herdar a maldição ou o pecado, mas colhe os frutos do que plantou, ou seja, as maldições como substitutas das brachot no sentido de “ocupar o lugar” por causa das consequências da ausência do bem. Deve-se considerar que a disciplina de HaShem, pode ser percebida como o mal, no entanto existe todo um propósito benéfico neste processo e assim trata-se na verdade de brachot, mesmo tendo aparência oposta. “Filho meu, não rejeites a correção do Eterno, nem te enojes da Sua repreensão. Porque Adonai repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem;” (Mishlei/Provérbios 3:11,12).

Contudo, mesmo no erro humano, quando o homem colhe os frutos de seu erro, como por exemplo, a amargura e opressão que nossos pais sofreram na galut (exilio), HaShem pode reverter esta situação desfavorável, em propósitos que podem levar às brachot. Portanto a galut judaica em Mitsraim como na Babilônia, permitiram que o Nome do Eterno, bem como Seus sinais extraordinários, fosse manifestado entre os gentios, se tornando em brachot do conhecimento de D’us às nações. Assim, o bem também se direcionou aos yehudim porque cumpriram, mesmo de forma restrita o seu propósito de existência, quando estavam sendo disciplinados, sendo instrumentos de luz para os gentios. Este propósito foi cumprido em sua plenitude com o Mashiach Yeshua e em seus talmidim pelas gerações, que levaram o conhecimento das Escrituras e do plano da salvação entre as nações até os confins da terra.

Com o passar dos séculos, esta doutrina se corrompeu se tornando uma religião à parte do judaísmo e que agora nos fins dos tempos, não somente os yehudim estão retornando ao Mashiach e às Escrituras, como também os verdadeiros discípulos dentre os gentios estão retornando a Torah e a vontade de HaShem, abandonado as tradições pagãs de origem idólatra. Portanto as religiões formaram mecanismos que impõe os adeptos a se moldarem segundo os valores e conceitos da religião ou denominação, fundamentada pelas leis humanas e perceptíveis como tradições segundo interpretações equivocadas das Escrituras. Desta forma “Ver” compreende em retornar à pureza da essência da Torah rompendo com as tradições que impedem a percepção e o entendimento da vontade Divina expressa nas Escrituras. “E dizia-lhes Yeshua: Bem invalidais o mandamento de D’us para guardardes a vossa tradição”; (Marcos 7:9). Assim há uma emergência em retornar a observação das prescrições da Torah, considerando a imutabilidade da Palavra de D’us, que nos garante tomar a opção certa, não para entrada na Aliança, que é concedida pela graça Divina mediante o sacrifício de Yeshua HaMashiach, mas para permanecer nela, em santidade constante, como o próprio Yeshua disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus;” (Mattiyahu/Mateus 5:18,19).

Assim poderemos então analisar mais de perto a importância do cumprimento da Torah em seus quatro níveis de obediência. O primeiro nível é a obediência plena alicerçada no amor a D’us e ao próximo. Este nível implica em um estado de subordinação onde a pessoa cumpre a mitsvá, pois tem ciência da autoridade e majestade de HaShem e na sua obrigação de executar a Sua vontade. Desta forma, sua submissão se dá ao fato dele aceitar o jugo do Eterno, independente de sua compreensão ou apreciação de ação. O segundo nível está mais elevado que o anterior e consta na obediência da mitsvá tendo não somente o zelo e respeito pela autoridade Divina, mas também existe a apreciação intelectual e o envolvimento emocional com a mitsvá, bem como a compreensão das implicações ocasionadas pela observância destas mitsvot. Portanto mesmo nos Chukim, os mandamentos que não sabemos plenamente seu pleno significado, estes são cumpridos com grande estima e prazer, mesmo diante da ausência da compreensão e razão.

O próximo nível de obediência é o nível da visão, que se refere a mensagem da Parasha. Este é o nível do discernimento espiritual que é concedido como dádiva Divina. Este consiste em não apenas ter submissão e zelo pela Palavra, entendimento e prazer no cumprimento, mas também, valendo-se da habilidade de percepção transcendental, abrangendo não somente os aspectos e consequências físicas, mas também os significados e inferências espirituais. Neste estágio o indivíduo requer maior aproximação da luz Divina, a fim de que possa alcançar maior contato e experiências sobrenaturais com as obras do Eterno. O nível mais elevado do cumprimento das mitsvot implica na soma de todos os níveis anteriores. Este reflete no amor que contém a entrega total, o se deixar gastar pela Obra de D’us na terra, se envolvendo totalmente com a causa do Reino de D’us por puro amor ao Eterno e as escrituras. Esta entrega pode chegar ao seu extremo, mesmo diante do que lhe é mais precioso, a própria vida, no ato do kidush HaShem, a santificação do Nome no martírio, que muitos achim sofreram ao longo da história e isso expressa a maior dimensão do amor e obediência a D’us. Portanto, o maior alcance do amor é o auto sacrifício que não poupa nem a própria vida, para que o Nome de HaShem seja honrado e conhecido, esta é a prova extrema da fé.

Desta forma, observamos também o amor de HaShem em entregar Seu Filho unigênito em resgate da humanidade. Yeshua no Getsemani também nos ensinou com seu ato supremo que devemos nos submeter a vontade de HaShem, no cumprimento de Seus propósitos para sermos instrumentos de sua justiça. Assim, amar a D’us compreende em cumprir a Torah e Sua bendita vontade. Yeshua se submeteu a vontade Divina em se entregar como corban ao Eterno, cumprindo a determinação de Seu Pai para a redenção do homem. “Como o Pai me amou, também Eu vos amei a vós; permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o Meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis Meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando;” (Yochanan/João 15:9-14).

  

Rosh Mauricio – Brit Olam

MOSHE RABEINU

B”H 

Moshe Rabeinu

 

Moshe Rabeinu significa literalmente "Moises nosso mestre".Moshe rabeinu é citado na Torah de Shemot 13:2 a Devarim 34:08

Moshe( Moises) Rabeinu (nosso mestre)

Moshe rabeinu é citado na Torah de Shemot 13:2 a Devarim 34:08

O que a Parasha nos ensina hoje? 

  

A Parashat Reê que significa “Veja”, inicia com a indicação da liberdade de opção que HaShem disponibiliza ao ser humano em escolher o bem ou o mal, que pelas consequências tornar-se-ão em bênçãos ou em maldições. “Reê anochi noten lifneichem haiom bracha ukelala” (Veja que ponho diante de vós, hoje, a benção e a maldição) (Devarim 30: 19). Segundo a justiça, as Brachot seriam consequências da obediência à Torah e a maldição, o efeito e resultado pela desobediência e rebeldia, quando o homem se desvia dos caminhos e vontade de HaShem. “Veja” requer atenção, cuidado, dedicação e a Torah assim nos alerta: “Não deixe isso passar despercebido!” .

O livre arbítrio é uma das dádivas mais preciosas ao ser humano. Libera o homem em viver sua liberdade e fazer sua própria opção de vida. HaShem disponibiliza a vida e não impede que o ser humano tenha liberdade de escolha, no entanto, como um Pai zeloso e amoroso, Ele indica e instrui o caminho da vida, da excelência e do melhor para seus filhos. "Portanto guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do Eterno vosso D’us;" (Devarim 12: 28). 

 

Desta forma D’us não criou uma maquina programada, mas concede a vida ao homem, com capacidade de criar sistemas que tenham sua própria autonomia e competência para gerir sua própria vida e ser apto para tomar suas próprias decisões onde irá arcar com suas consequências, sejam benéficas ou não. “Ver” implica em compreender não só o aspecto da escolha mas o que Iestá mostrado, o caminho correto para a vida, bem como acreditar e ter consciência de que esta bem aventurança procede de D’us. “Ver” também consiste em considerar sobre as consequências desastrosas da desobediência, como também as recompensas que o cumprimento das proporcionam, para que através delas o homem possa ter uma vida plena e abundante e servir melhor ao Eterno.

Yeshua fala sobre estes dois caminhos, da obediência e da rebeldia e suas consequências "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância;" (Yochanan 10: 9-10). Estes são como dois caminhos alegóricos que se localizam no meio exterior, ao longo de toda a extensão da vida humana, onde obrigatoriamente se escolhe uma opção em detrimento da outra em meio a constante luta interior, na submissão do ser à vontade Divina.

 

Muitas destas opções que surgem diariamente em nossas vidas são de fácil escolha, ou seja, podemos prever suas consequências benéficas ou maléficas com muita clareza e evidência, sem haver uma tensão, um conflito interno, pois trata-se de uma escolha que condiz com o nosso caráter ou com nossa visão de mundo como por exemplo a escolha entre roubar ou não roubar. Contudo algumas escolhas não são tão simples assim e exigem certo discernimento espiritual para saber qual é o caminho certo a seguir a fim de estar de acordo com a justiça de D’us. Isto portanto requer o conhecimento das Escrituras como também um relacionamento mais íntimo com o Eterno com o exercício das disciplinas espirituais que consta na santidade, na adoração e tefilá (oração), no estudo da Torah e comunhão constante com o povo de D’us.

O Talmud sugere que nenhum mal é emitido de cima, dos céus, (Bereshit Rabá 51: 3), mas somente as brachot são proferidas do shamaim e recaem sobre um receptáculo apropriado, segundo os propósitos Divinos. Assim o seu oposto, ou seja, as consequências do mal, tomam o lugar que se encontra vago pela ausência das brachot. Portanto a kelala (maldição) é consequência e não plano ou intenção Divina que recai sobre o homem. Portanto o ser humano não pode herdar a maldição ou o pecado, mas colhe os frutos do que plantou, ou seja, as maldições como substitutas das brachot no sentido de “ocupar o lugar” por causa das consequências da ausência do bem. Deve-se considerar que a disciplina de HaShem, pode ser percebida como o mal, no entanto existe todo um propósito benéfico neste processo e assim trata-se na verdade de brachot, mesmo tendo aparência oposta. “Filho meu, não rejeites a correção do Eterno, nem te enojes da Sua repreensão. Porque Adonai repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem;” (Mishlei 3: 11-12).

Contudo, mesmo no erro humano, quando o homem colhe os frutos de seu erro, como por exemplo, a amargura e opressão que nossos pais sofreram na galut (exilio), HaShem pode reverter esta situação desfavorável, em propósitos que podem levar às brachot. Portanto a galut judaica em Mitsraim como na Babilônia, permitiram que o Nome do Eterno, bem como Seus sinais extraordinários, fosse manifestado entre os gentios, se tornando em brachot do conhecimento de D’us às nações. Assim, o bem também se direcionou aos yehudim porque cumpriram, mesmo de forma restrita o seu propósito de existência, quando estavam sendo disciplinados, sendo instrumentos de luz para os gentios. Este propósito foi cumprido em sua plenitude com o Mashiach Yeshua e em seus talmidim pelas gerações, que levaram o conhecimento das Escrituras e do plano da salvação entre as nações até os confins da terra.

Com o passar dos séculos, esta doutrina se corrompeu se tornando uma religião à parte do judaísmo e que agora nos fins dos tempos, não somente os yehudim estão retornando ao Mashiach e às Escrituras, como também os verdadeiros discípulos dentre os gentios estão retornando a Torah e a vontade de HaShem, abandonado as tradições pagãs de origem idólatra. Portanto as religiões formaram mecanismos que impõe os adeptos a se moldarem segundo os valores e conceitos da religião ou denominação, fundamentada pelas leis humanas e perceptíveis como tradições segundo interpretações equivocadas das Escrituras.

 

Desta forma “Ver” compreende em retornar à pureza da essência da Torah rompendo com as tradições que impedem a percepção e o entendimento da vontade Divina expressa nas Escrituras. “E dizia-lhes Yeshua: Bem invalidais o mandamento de D’us para guardardes a vossa tradição”; (Marcos 7: 9). Assim há uma emergência em retornar a observação das prescrições da Torah, considerando a imutabilidade da Palavra de D’us, que nos garante tomar a opção certa, não para entrada na Aliança, que é concedida pela graça Divina mediante o sacrifício de Yeshua HaMashiach, mas para permanecer nela, em santidade constante, como o próprio Yeshua disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus;” (Mattiyahu 5: 18-19).

Deste modo podemos, então, analisar mais de perto a importância do cumprimento da Torah em seus quatro níveis de obediência. O primeiro nível é a obediência plena alicerçada no amor a D’us e ao próximo. Este nível implica em um estado de subordinação onde a pessoa cumpre a mitsvá, pois tem ciência da autoridade e majestade de HaShem e na sua obrigação de executar a Sua vontade. Desta forma, sua submissão se dá ao fato dele aceitar o jugo do Eterno, independente de sua compreensão ou apreciação de ação. O segundo nível está mais elevado que o anterior e consta na obediência da mitsvá tendo não somente o zelo e respeito pela autoridade Divina, mas também existe a apreciação intelectual e o envolvimento emocional com a mitsvá, bem como a compreensão das implicações ocasionadas pela observância destas mitsvot. Portanto, mesmo nos Chukim, os mandamentos que não sabemos plenamente seu pleno significado, estes são cumpridos com grande estima e prazer, mesmo diante da ausência da compreensão e razão.

O próximo nível de obediência é o nível da visão, que se refere a mensagem da Parasha. Este é o nível do discernimento espiritual que é concedido como dádiva Divina. Este consiste em não apenas ter submissão e zelo pela Palavra, entendimento e prazer no cumprimento, mas também, valendo-se da habilidade de percepção transcendental, abrangendo não somente os aspectos e consequências físicas, mas também os significados e inferências espirituais. Neste estágio, o indivíduo requer maior aproximação da luz Divina, a fim de que possa alcançar maior contato e experiências sobrenaturais com as obras do Eterno.

 

O nível mais elevado do cumprimento das mitsvot implica na soma de todos os níveis anteriores. Este reflete no amor que contém a entrega total, o se deixar gastar pela Obra de D’us na terra, se envolvendo totalmente com a causa do Reino de D’us por puro amor ao Eterno e as escrituras. Esta entrega pode chegar ao seu extremo, mesmo diante do que lhe é mais precioso, a própria vida, no ato do kidush HaShem, a santificação do Nome no martírio, que muitos achim sofreram ao longo da história e isso expressa a maior dimensão do amor e obediência a D’us. Portanto, o maior alcance do amor é o auto sacrifício que não poupa nem a própria vida, para que o Nome de HaShem seja honrado e conhecido, esta é a prova extrema da fé.

Desta forma, observamos também o amor de HaShem em entregar Seu Filho unigênito em resgate da humanidade. Yeshua no Getsemani também nos ensinou com seu ato supremo que devemos nos submeter a vontade de HaShem, no cumprimento de Seus propósitos para sermos instrumentos de sua justiça. Assim, amar a D’us compreende em cumprir a Torah e Sua bendita vontade. Yeshua se submeteu a vontade Divina em se entregar como corban ao Eterno, cumprindo a determinação de Seu Pai para a redenção do homem. “Como o Pai me amou, também Eu vos amei a vós; permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o Meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis Meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando;” (Yochanan 15: 9-14).

  

Rosh Yossef Chaim (Maurício) – B'rit Olam.

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