SHAVUOT
שבועות
B”H
Shavuot é uma das três festas mais importantes da Torá, depois de Pessach e antes de Sucot.
Estas são festas de peregrinação em que todo o povo deveria comparecer ao Tabernáculo ou ao Templo para oferecer Ofertas e Sacrifícios ao Eterno.
A Palavra Shavuot significa Semanas, pois contamos as sete semanas de Pessach até a data da celebridade.
Esta contagem chama-se período do Omer. Nesse período contamos cada dia preparando-nos para a festa onde iremos ofertar ao Eterno e celebrar no Templo Sagrado.
Este período também refere-se ao tempo entre a saída de Mitzraim e a Outorga da Torah em Har Sinai como período de santificação e purificação. Este é o tempo de cinquenta dias de preparação para este grande evento em que o povo recebeu um novo nível de Aliança com Leis escritas e acréscimos de muitos outros estatutos e ordenanças relacionadas à vida nacional com a presença de um Tabernáculo/Templo para uma nova realidade de liberdade e condução Divina em uma terra própria e autônoma.
A celebração também é denominada de Yom Habicurim, ou seja, o dia da oferta dos primeiros frutos em ação de graças ao Eterno que faz nascer os produtos da terra para todo o seu povo.
Este período corresponde a colheita dos sete principais e primeiros frutos e grãos: Trigo e Cevada; Figos, Uvas, Azeitonas, Romãs e Tamaras.
Logo após os cinquenta dias de contagem do Omer, a Torah nos foi dada com a declaração dos Dez Mandamentos dita diretamente pela voz de D’us que vinha do alto do cume do Monte perante cerca de quatro milhões de pessoas, dentre elas muitos também de diversas nações que saíram de Mitzraim junto com o povo de Israel guiados pela nuvem no caminho de HaShem pelo deserto até o Monte Sinai.
A Tradição diz que a Outorga da Torah ocorreu no ano de 2448 da criação, portanto, cerca de 3.327 anos.
Este foi o maior evento sobrenatural de revelação espiritual com tantas testemunhas, o qual ocorreu em um local público e neutro, no deserto, para indicar que além de Israel a Torah também pertence a todas as nações e em um monte de baixas proporções indicando que a manifestação Divina, muitas vezes provém de instrumentos humildes de revelação.
A tradição também diz que após a voz do Eterno ser ouvida na terra, todo o arredor do Har Sinai no deserto floresceu, acredita-se que todos os tipos de flores da criação estavam presentes no evento. Esta imagem se encontra em um âmbito profético quando no estabelecimento do Reino de D’us com a volta de Yeshua Hamashiach, toda a criação será renovada.
Como é comemorada a Festa De Shavuot?
Na noite de Shavuot é costume milenar em todo o mundo, nas Sinagogas e Beit Kinesset (casas de estudo), em passar a noite toda em vigília estudando a Torah, lendo Tehilim (Salmos) e Escrituras e glorificando ao Eterno.
Esta tradição surgiu pelo fato de que no dia em que o Eterno apareceu no Sinai, logo no raiar do dia, o povo ainda estava acordando e correu para o encontro no Sinai.
Nesta festa, é costume ler o livro de Rute durante a noite, além de escutar os Dez Mandamentos e palestras em torno do tema.
Rute é escolhida porque o livro contém relatos das colheitas (bicurim) e também porque ela sendo não judia aceitou de coração o D’us de Israel e Sua Palavra, como também dela viria o Rei Davi e dele o Mashiach.
Shavuot representa uma das principais festas com significados profundos para os Judeus e para as congregações de Fé das nações.
Foi neste dia que veio sobre os Talmidim de Yeshua e todos os seguidores e discípulos, a promessa do “Novo Consolador”, o Ruach Hakodesh prometido pelo Mashiach. Por esta razão, lemos o relato de Atos e estudamos temas relacionados com o evento.
Nossa tradição também inclui ler todo o livro de Apocalipse durante a noite de estudos.
Hachegalim, as Festas do Tanach, representam atos proféticos que apontam a centralidade da Obra do Mashiach na redenção da humanidade. Assim, cada chag (festa) contém significados de eventos de redenção que ao longo da história entrarão em movimento cíclico que se renovarão após completar seu circuito.
Para entendermos estes movimentos proféticos, precisamos entender os ciclos que ocorreram no passado, assim saberemos o momento em que estamos experimentando no presente, bem como entender os que ainda se realizarão para que possamos servir ao Eterno e cumprir com os nossos propósitos de existência como congregação e individualmente, para que possamos ser instrumentos nas mãos do Eterno através de Sua Ruach Hakodesh.
É necessário então para compreender todo o ciclo de revelação redentora a posição e significado de cada festa que o Eterno disponibilizou para que possamos ter o entendimento profético.
“Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao shabat, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia seguinte ao sétimo shabat, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao Eterno. Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao Eterno. Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao Eterno, com a sua oferta de alimentos, e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave ao Eterno. Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico. Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o Eterno, com os dois cordeiros; santos serão ao Eterno para uso do sacerdote. E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações. E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o Eterno vosso D’us." - Vaykra/Levítico 23:15-23
Rosh Yossef Chaim (Maurício) – B'rit Olam.